OLIMPÍADAS DE VERÃO DE 1956
Melbourne - Austrália


Na olimpíada de Melbourne (1956), nosso país teve apenas 48 atletas disputando os jogos, já que as viagens eram caras. Naquele ano, nosso país teve um resultado péssimo, ganhando apenas uma única medalha, talvez pela falta de atletas, talvez porque os outros países tenham sido melhores, ou por uma razão surpreendente a qual não demos importância alguma.
Mas a única medalha que conseguimos, veio junto de um recorde olímpico que só foi batido em 2004, também por brasileiros.
O herói dessa história de esforço foi ninguém mais, ninguém menos, que Adhemar Ferreira da Silva, que na época tinha 29 anos. Com saltos incríveis, Adhemar conseguiu a façanha de estabelecer quatro recordes em seis saltos, algo impressionante. Sua performance nos jogos lhe garantiu o título de “maior atleta brasileiro”, até hoje utilizado para se referir a ele por muitas pessoas, o que é justo, já que ele mostrou que o Brasil não desistiria das olimpíadas tão facilmente.
Foi com saltos sutis e inacreditavelmente alegres que o nosso maior atleta do salto triplo pulou 16,35m e estabeleceu o recorde olímpico de sua carreira. Esse nem havia sido o seu melhor pulo, mas foi o maior salto triplo a ser realizado em uma olimpíada até então. Foi com esse cenário que o jovem atleta brasileiro provou ao mundo e a seu povo que ele poderia fazer melhor do que qualquer um se ele se esforçasse.
O trajeto do recordista brasileiro chegou ao fim em 2001: por causa de um ataque cardíaco, Adhemar morreu no dia 13 de janeiro. Seus fãs não puderam acreditar, mesmo esse sendo algo previsto, já que sua saúde não estava muito boa. Mesmo seu sucesso tendo começado há tanto tempo, o amado personagem dessa história ainda não foi esquecido, sendo lembrado sempre que o assunto é “Brasil nas Olimpíadas”. Hoje, 60 anos após o início da carreira deste ídolo, pessoas que puderam ou não acompanhar sua história, escrevem histórias sobre aquele que teve um trabalho maior do que apenas dar um salto em uma caixa de areia, ele, com todo o respeito aos outros atletas que se esforçaram naquela olimpíada, conseguiu mostrar que se esforçava ao máximo ao seu público, ou àqueles que o admiram e que ficaram felizes ao ver que essa pessoa representou nosso país, sendo adorado como um atleta até o dia em que morreu: ele foi o único brasileiro a conseguir a medalha de ouro em duas olimpíadas consecutivas até sua vida chegar a um fim.
A Lenda Adhemar















