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Seus primeiros anos de governo iniciaram-se no dia 3 de novembro de 1930, por meio de uma revolta proposta pelos membros da Aliança Liberal, grupo que lançou Getúlio Vargas como candidato e se opôs ao governo de Washington Luís e Júlio Prestes, seu sucessor. A revolta proposta pela Aliança Liberal estourou-se após o assassinato de João Pessoa, em julho de 1930. Em 3 de outubro do mesmo ano, o levante estendeu-se do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais até Pernambuco, Paraíba e outros estados.
A ameaça de uma possível guerra civil foi o que convenceu ao estado-maior do Exército a depor Washington Luís, no dia 24 de outubro.

Em seus 15 anos de governo, Getúlio dissolveu o Congresso, suspendeu a Constituição, limitou a autonomia estadual e destituiu os governadores, nomeando interventores para os estados. Também mandou queimar os estoques de café para tentar reparar a economia que havia sido abalada pela crise de 1929.
Uma nova Constituição foi criada, a Constituição de 1934, devido à Revolução Constitucionalista de 9 de julho, causada, principalmente, pelo descontentamento da oligarquia paulista, que realizou vários atos de protesto. Um deles destacou-se, quando quatro manifestantes morreram: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, em 23/05/1932.

Missa celebrada na Bahia, em razão da vitória da Revolução de 1930.

Missa celebrada na Bahia, em razão da vitória da Revolução de 1930.

Missa celebrada na Bahia, em razão da vitória da Revolução de 1930.

Multidão reunida em protesto ao assassinato dos estudantes MMDC em São Paulo.

Revolução Constitucionalista de 1932.

Cartazes convocando os paulistas a lutarem.

A Constituição de 1934 estabeleceu o voto secreto, voto feminino e a redução da idade mínima do eleitor para 18 anos. Reconhecia a responsabilidade do Estado pela educação, incorporava as leis trabalhistas, como a jornada de trabalho de 8 horas, descanso semanal, proibição do trabalho para menores de 14 anos, férias anuais, indenização aos demitidos sem justa causa, estabilidade à gestante etc.
Nessa época, duas forças políticas opostas surgiram: a Ação Integralista Brasileira (AIB), que era fascista, e a Aliança Nacional Libertadora (ANL), que era comunista.

Telegrama relatando o fim das hostilidades.

Lema da ANL.

Logo da AIB.

O líder da ANL, Luís Carlos Prestes, fez um violento discurso contra o governo, que foi motivo suficiente para Vargas decretar a ilegalidade desse grupo político e decretar a prisão de seus principais membros (julho de 1935). Seus membros reagiram à repressão com um levante armado, entre 23 e 27 de novembro de 1935, que foi sufocado pelo governo e chamado de Intentona Comunista.

Jornais relatando a Intentona Comunista.

A partir daí teve início a ditadura de Vargas, marcada por prisões e exílio de seus opositores, golpes como o Plano Cohen, um falso plano internacional comunista para tomar o poder no Brasil, criado por Getúlio que, diante da “gravidade” da situação, impôs a censura à imprensa e ao rádio e ordenou a prisão de suspeitos de comunismo. Em 10 de novembro de 1937, o Congresso foi fechado e a Constituição outorgada.
Esse regime ditador foi chamado de Estado Novo. O Estado criou o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) que cuidava da censura à imprensa, ao rádio, ao teatro e ao cinema. Também era encarregado de fazer uma propaganda positiva do regime e de seu líder (Getúlio). Foi criado um movimento moral, conhecido como o Culto à Personalidade, que fixava a imagem de Vargas como o “pai dos pobres e trabalhadores”.
Seu mandato teve fim em 1945.

Revista trazendo reportagem sobre a DIP.

Getúlio Dornelas Vargas nasceu em São Borja, em 19 de abril de 1882, e morreu no Rio de Janeiro, no dia 24 de agosto de 1954. Vargas foi o presidente do Brasil durante dois períodos:

Getúlio     Vargas

Getúlio foi reeleito o presidente pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) em 1950, com 48% dos votos.

“A classe trabalhadora subirá as escadas do palácio do Catete no meu governo”

Seu governo seguiu o nacionalismo econômico, que era um novo meio de tentar alcançar a independência econômica através do capital nacional e do controle de recursos naturais pelo Estado.
Os políticos e empresários da direita temiam suas ações e desconfiavam de suas intenções esquerdistas.
Durante seu governo, Getúlio teve uma constante luta para estabilizar a economia, combatendo a inflação e o déficit público. Para isso, criou o Plano Lafer, um estímulo à indústria de base, e o BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico). Aprovou a criação da Petrobrás, limitou 10% da remessa de lucro das empresas estrangeiras do país, com objetivo de combater a fuga de divisas, confiscou os lucros extraordinários dos exportadores de café, nomeou João Goulart como ministro do Trabalho, que aumentou em 100% o salário mínimo.

Para os conservadores da direita, todos esses feitos de Getúlio Vargas eram sinais de uma possível tendência comunista do governo, o que os ameaçava. Por isso, uma ampla campanha antigetulista espalhou-se pelos jornais, pelo rádio e pela televisão.
Comunistas, militares, anticomunistas, industriais, banqueiros, latifundiários, parte da imprensa, trabalhadores, os EUA e principalmente a UDN se opunham a Getúlio.
No dia 5 de agosto de 1954, houve um atentado contra Carlos Lacerda, na Rua Toneleros.

Crime do qual Vargas foi acusado de ter cometido. Os chefes militarem exigiram sua renúncia. Sob pressão, Getúlio matou-se com um tiro, no dia 24 de agosto de 1954, o que causou uma comoção popular. Assim terminou o governo de Getúlio Vargas.

Video do Arquivo Nacional (AN) sobre a morte de Getúlio Vargas.

João Goulart.

A morte de Vargas e a comoção popular.

Imagens de Vargas ainda vivo.

Jornal relatando o atentado da rua Toneleiros.

Segundo Governo de Vargas:

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