OLIMPÍADAS DE VERÃO DE 1956
Melbourne - Austrália


A ginástica sempre foi uma modalidade muito admirada: mostra movimentos que seriam considerados “impossíveis” ou “sobre humanos” se os atletas não os fizessem. Desde os primórdios da humanidade, é provável que quando alguém conseguia fazer um movimento acidental aparentemente impossível, todos ficavam observando, admirados, enquanto a pessoa fingia ter feito de propósito por ser incrível.
Porém, hoje em dia é possível aprender a fazer qualquer tipo de movimento, bastando procurar uma escola especializada.
Há 56 anos as dificuldades eram bem maiores para tal aprendizagem, principalmente no Brasil, onde o treinamento começava somente depois dos 17 anos. Isto explica o péssimo desempenho obtido pelo Brasil nas olimpíadas de Melbourne, em 1956. Já nos países desenvolvidos, as pessoas são treinadas desde pequenas para ter um corpo de atleta. Na época, enquanto o Brasil engatinhava em uma estrada, os outros países já corriam. Na modalidade ginástica, os que se sobressaíram na Olimpíada de Melbourne foram os atletas da União Soviética, que conquistaram 23 medalhas. Já o desempenho da equipe de ginástica brasileira não foi bom: nenhuma medalha foi ganha.
Talvez pareça cruel imaginar crianças treinando tanto para ter esse corpo, mas o esporte é uma forma de os países confraternizarem um com o outro e pode também ser uma forma de guerrearem sem o uso de violência, como acontecia entre os Estados Unidos e a União Soviética nas olimpíadas de 1956, devido à guerra fria. É essa confraternização e espírito competitivo que tornam esse treinamento valer a pena: a sensação de fazer algo importante para o seu país e obter sucesso não só parece incrível, como é, e as pessoas devem se sentir muito bem fazendo algo desse tipo, não só utilizando o esporte, como também diversas outras coisas, como escrever um livro ou fazer um filme belíssimo que seja apreciado por muitos.
Em 1956, o participante mais jovem dessa modalidade foi a americana Muriel Daves-Grossfield, com 16 anos e o mais velho foi a inglesa Pat Hirst, de 38 anos. Os participantes tiveram um desempenho que impressionou a todos. Por exemplo, a forma como o japonês Takashi Ono saiu da barra horizontal, realizando um salto incrível enquanto ainda em movimento, indo de cabeça em direção ao chão, mas aterrissando em pé.
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