OLIMPÍADAS DE VERÃO DE 1956
Melbourne - Austrália


Considera-se como doping a utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar artificialmente o desempenho esportivo, sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do atleta ou a de seus adversários, ou contrário ao espírito do jogo. Quando duas destas três condições estão presentes, pode-se caracterizar um doping, de acordo com o Código da Agência Mundial Antidoping (AMA).
Somente se sabe que houve consumo abusivo de doping no ano de 1956, mas os atletas pegos em flagrante não foram obrigados a parar de competir.
Com o abuso exagerado de estimulantes na década de 60, a disponibilidade das anfetaminas sintéticas, sintetizadas durante a Segunda Grande Guerra, levou ao controle do doping em Olimpíadas, só estabelecido em 1967 pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Este estabeleceu uma Comissão Médica para iniciar o controle de doping, que começou suas atividades no ano seguinte, nos Jogos de Inverno de Grenoble, e nas Olimpíadas da Cidade do México.
Na década de 40, o uso de testosterona, um hormônio secretado pelos testículos que atua no desenvolvimento da massa muscular, era corrente.
Em 1953, foi produzido o primeiro esteroide sintético que apresentou potência cinco vezes maior do que a testosterona. Os esteroides anabólicos, substâncias sintetizadas em laboratório a partir da testosterona, são utilizados por atletas de competição como forma de promover um aumento exagerado e desproporcional da massa muscular. Eles agem nas fibras dos músculos permitindo que elas retenham mais água e nitrogênio, favorecendo uma maior síntese proteica (criação de proteína). Isto fará com que as fibras aumentem consideravelmente de tamanho, e os músculos fiquem mais resistentes e volumosos.
Os efeitos colaterais mais comuns dos esteroides anabolizantes são:
Redução na produção de células espermáticas resultando em perda da capacidade reprodutora, câncer de próstata, entre outros.
Além disso, os anabolizantes produzem uma maior tendência para traumatismos dos ligamentos e tendões, devido ao aumento excessivo dos músculos sem um desenvolvimento correspondente dos ligamentos.


DOPING



Molécula de Testosterona.

Uma possível substância utilizada na Olimpíada é a Nandrolona. Produzida em 1953, essa substância é sintética e é um anabolizante, portanto promove o crescimento muscular.
Molécula de Nandrolona (também conhecida como Deca).

Aumento na pressão sanguínea
Lesões hepáticas


















Benefícios:
Essa substância é geralmente utilizada no atletismo, natação, basquetebol e levantamento de peso.
Aumento da massa muscular (até 16% a 20%);
Aumento do peso (entre 5 e 9 kg);
Aumento da resistência física;
Melhora a contração muscular e quanto maior a energia acumulada, melhor será o desempenho nos exercícios físicos e se tornará mais fácil a recuperação física.




Efeitos colaterais:




Hipertensão;
Mau funcionamento do fígado;
Perda de peso;
Aumento da próstata;
Marcas irreversíveis na pele (como acne);
Calvície prematura;
Crescimento das glândulas mamarias.
Em homens:
Atrofio dos testículos, pois pode parar a produção de testosterona e ele deixar de produzir espermatozóides chegando até a esterilidade.
Em mulheres:
Aumento de características masculinas: aumento de pêlos e problemas de ovulação (atraso na menstruação), mudança de voz, inchaço muscular e problemas androgênicos.





Detecção:
Através do exame de urina, pouco após ser ingerida.

